terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Batistuta o craque do artesanato

Mesmo com um sobrenome que fez sucesso no futebol mundial ele preferiu o artesanato, ex-professor universitário e funcionário público, Paulo Cesar Batistuta encanta com sua arte
A beleza dos artesanatos expostos na Praça da Bandeira em Santa Isabel nos finais de semana chama a atenção dos moradores e turistas que circulam diariamente no local. Os trabalhos são feitos por Paulo Cesar Batistuta, 53. O brasileiro com ascendência italiana ostenta um sobrenome reconhecido no futebol mundial.
Batistuta é primo de Gabriel Omar ex-jogador de futebol,
que durante anos defendeu a seleção da Argentina.
 Além de artesão, Paulo é funcionário público na Prefeitura de Guarulhos, formado em geografia, história Pelas Faculdades Integradas de Guarulhos – FIG e sociologia pela Universidade de São Paulo – USP ele revela com orgulho: “fui aluno do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e professor universitário até 1989”.
Contudo, insatisfeito com o que ele mesmo chama de “sistema” abraçou o próprio talento e passou a se dedicar a criação, “a arte”, destaca.
Batistuta é um nome de origem italiana, “minha mãe viveu na Itália com a família até que uma crise econômica abalou o país, quando muitos resolveram migrar para a América do Sul. Alguns familiares vieram para o Brasil, outros para a Argentina”, explica.
A esposa e a filha de Paulo também trabalham com artesanato em São Bento do Sapucaí: “Trabalho há 28 anos com arte e tudo o que tenho, consegui graças ao artesanato: minha casa, minha formação e a formação de meus filhos”, ressalta.
Batistuta expôs seu artesanato na
Praça da Bandeira em Santa Isabel em fevereiro de 2014.
Na Argentina, entre os Batistuta, nasceu Gabriel Omar Batistuta, campeão e artilheiro da Copa América de 1991. “Minha convivência com Gabriel foi muito pouca, o vi somente quatro vezes em toda a minha vida em uma de nossas reuniões familiares. Sei que ele hoje tem 44 anos, é aposentado e vive na Itália onde faz tratamento nos ossos e nada mais”, revela Paulo, acrescentando: “Meu primo tinha o talento com a bola, e eu com o artesanato, dois desejos diferentes e encantadores”.
Além de Santa Isabel, Paulo também expôs seu trabalho em Igaratá: “Aqui o povo é muito acolhedor e reconhece o nosso trabalho. Há uma peculiare intensa miscigenação de culturas. Pela minha barraca já passaram americanos e holandeses que vivem aqui e eles sempre retornam, da simples pergunta: ‘moço quanto custa?’, faço novos amigos e vendo o meu trabalho. Tudo isso me faz continuar”, finaliza o craque do artesanato. 

Texto e fotos: Bruno Martins

Nenhum comentário :

Postar um comentário