Mesmo com um sobrenome que fez sucesso no futebol mundial ele preferiu o artesanato, ex-professor universitário e funcionário público, Paulo Cesar Batistuta encanta com sua arte
A beleza dos artesanatos expostos na Praça
da Bandeira em Santa Isabel nos finais de semana chama a atenção dos moradores e
turistas que circulam diariamente no local. Os trabalhos são feitos por Paulo
Cesar Batistuta, 53. O brasileiro com ascendência italiana ostenta um sobrenome
reconhecido no futebol mundial.
Batistuta é primo de Gabriel Omar ex-jogador de futebol, que durante anos defendeu a seleção da Argentina. |
Além de artesão, Paulo é funcionário público
na Prefeitura de Guarulhos, formado em geografia, história Pelas Faculdades
Integradas de Guarulhos – FIG e sociologia pela Universidade de São Paulo – USP
ele revela com orgulho: “fui aluno do ex-presidente da República Fernando
Henrique Cardoso e professor universitário até 1989”.
Contudo, insatisfeito com o que ele mesmo
chama de “sistema” abraçou o próprio talento e passou a se dedicar a criação,
“a arte”, destaca.
Batistuta é um nome de origem italiana,
“minha mãe viveu na Itália com a família até que uma crise econômica abalou o
país, quando muitos resolveram migrar para a América do Sul. Alguns familiares vieram
para o Brasil, outros para a Argentina”, explica.
A esposa e a filha de Paulo
também trabalham com artesanato em São Bento do Sapucaí: “Trabalho há 28 anos
com arte e tudo o que tenho, consegui graças ao artesanato: minha casa, minha
formação e a formação de meus filhos”, ressalta.
Batistuta expôs seu artesanato na Praça da Bandeira em Santa Isabel em fevereiro de 2014. |
Na Argentina, entre os Batistuta, nasceu
Gabriel Omar Batistuta, campeão e artilheiro da
Copa América de 1991. “Minha convivência com Gabriel foi muito pouca, o vi
somente quatro vezes em toda a minha vida em uma de nossas reuniões familiares.
Sei que ele hoje tem 44 anos, é aposentado e vive na Itália onde faz tratamento
nos ossos e nada mais”, revela Paulo, acrescentando: “Meu primo tinha o talento
com a bola, e eu com o artesanato, dois desejos diferentes e encantadores”.
Além de Santa Isabel, Paulo também expôs seu
trabalho em Igaratá: “Aqui o povo é muito acolhedor e reconhece o nosso
trabalho. Há uma peculiare intensa miscigenação de culturas. Pela minha barraca
já passaram americanos e holandeses que vivem aqui e eles sempre retornam, da
simples pergunta: ‘moço quanto custa?’, faço novos amigos e vendo o meu
trabalho. Tudo isso me faz continuar”, finaliza o craque do artesanato.
Texto e fotos: Bruno Martins
Nenhum comentário :
Postar um comentário